Cai neve em Mangualde...

Terça-feira, dia 20 do presente mês, o dia amanheceu graciosamente, fazendo adivinhar as aventuras climáticas que o céu já sugeria, jocoso.

 Às oito horas caíam os primeiros flocos, subtis e discretos, quase indiferentes à ansiedade de uma terra que aguardou mais de dez anos por nova visita da neve. Mas, Mangualde que espera dez anos, esperaria mais umas horas e, no primeiro intervalo, a ESFA rejubilava perante o fenómeno que, embora raro, era o eco de uma outra noite de 2009.

Antes da hora de almoço, as nuvens presentearam-nos com aquilo a que se pode chamar um autêntico cocktail meteorológico, que nos contemplou com a precipitação nas várias acepções da palavra. Efectivamente, para além da chuva, também caiu granizo, ainda que por escassos momentos. Quando a neve regressou, caiu copiosa e ininterrupta, tornando a circulação rodoviária difícil e perigosa.

 Interrogado um aluno acerca do manto branco que por esta altura revestia a escola, respondeu que a neve o deixava “primeiro muito feliz, mas depois deprimido”. Nostálgico será, na minha opinião, a palavra.

 Os dispositivos de segurança foram então activados, a polícia e os bombeiros respondendo de imediato a algumas complicações próprias do estado do tempo.

A falta de equipamento impediu a utilização dos transportes de autocarro na tarde desse dia, pelo que foram interrompidas as actividades lectivas. Por indicação da protecção civil, a escola encontrar-se-ia fechada e as aulas canceladas no dia seguinte.

Tudo o resto já nós sabemos. Todos o experimentámos, todos o tocámos, todos o saboreámos com fervor. Inconvenientes à parte, esta jornalista acredita que, para além da brilhante paisagem, algo mais se impõe sublinhar. Esta surpresa de algodão serviu, certamente, para tornar mais doce a manhã de quarta-feira.

 Inês Araújo e Gama

12ºE